Os corpos das vítimas não apareceram. Os Médicos Sem Fronteiras disseram no Twitter que "os amigos e familiares dos dois jovens que morreram não têm o corpo para enterrar".
Dos 629 migrantes que estavam a bordo do Aquarius, permanecem 106. Os restantes estão em dois barcos da marinha italiana, Dattilo e Orione, por motivos de segurança, desde as 20h de terça feira.
No dia de ontem, as condições climatéricas pioraram. Havia ventos de 35 km/h e ondas de 1,5 metros.
Com o convés e as escadas molhadas, os migrantes mantiveram-se dentro do barco. Havia mulheres grávidas, mães a amamentar, bebés, pessoas queimadas e outras que quase se afogaram, segundo os Médicos Sem Fronteiras.
No total, entre os migrantes estão sete mulheres grávidas, 11 crianças e 123 menores desacompanhados.
Os feridos com queimaduras gaves têm estado a ser acompanhados por uma equipa médica. As lesões são causadas pela exposição prolongada ao combustível e à agua do mar, que formam poças no barco.
Algumas dessas queimaduras irão causar cicatrizes, desfiguraçãop e dores crónicas se não forem tratadas adequadamente.
O navio Aquarius partiu na terça-feira para Valência, em Espanha, escoltado por duas embarcações da Marinha italiana, com as quais repartiu os migrantes que se encontravam a bordo.
O Aquarius teve de receber ajuda dos navios italianos, uma vez que a embarcação estava sobrelotada. O navio só tinha capacidade para 500 passageiros, mas estava eram 630 os migrantes a bordo.