Ao Pireu, o principal porto da Grécia, já chegaram 2.485 refugiados no primeiro de dois barcos, o "Eleftheros Venizelos", que faz a ligação com as ilhas com mais refugiados, como Lesbos e Cós.
Por causa da sua proximidade da costa da Turquia, as ilhas helénicas estão a transbordar com as chegadas diárias de refugiados, na maioria sírios, que em muitos casos não têm onde alojar-se nem acesso aos bens e serviços básicos.
Está previsto que atraquem hoje no Pireu mais duas embarcações com 3.709 pessoas a bordo.
Segundo o Fórum Grego para os Refugiados, cerca de 3.000 pessoas alojaram-se no centro de acolhimento temporário de Atenas, que o Governo do ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras pôs a funcionar há três semanas.
Dessas, 90% são de origem afegã e 10% procedem da Síria, Irão e Somália e costumam pernoitar no recinto entre dois e seis dias.
De acordo com a associação, que presta assistência nessas instalações, existe uma grande flutuação diária entre os que chegam e os que deixam o centro para seguir viagem até à fronteira com a Macedónia.
O seu objetivo é, dali, chegar à Sérvia e à Hungria e, depois de atravessarem a Áustria, instalarem-se na ansiada Alemanha e em outros países do centro e do norte da Europa.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) assegurou que mais de 30.000 refugiados chegaram desde o início deste ano às ilhas gregas, a grande maioria sírios que entraram em Lesbos, à espera de poderem alcançar o continente.
Lusa