Coronavírus

Covid-19: aumento dos casos na China lança dúvidas sobre fim da emergência mundial

Cientista da OMS diz que vaga na China "é uma caixa de surpresas".

TINGSHU WANG

Lusa

SIC Notícias

Uma cientista da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que o aumento dos casos de covid-19 na China lança dúvidas sobre o fim da emergência mundial.

"A questão é se se pode chamar pós-pandemia quando uma parte tão significativa do mundo está a entrar na segunda vaga", disse a virologista holandesa Marion Koopmans, membro de um comité da OMS responsável por prestar consultoria sobre o estado de emergência do coronavírus, citada pelo jornal britânico The Guardian.

"É evidente que estamos numa fase muito diferente [da pandemia], mas na minha opinião, esta vaga na China é uma caixa de surpresas", acrescentou.

A China impôs desde o início da pandemia uma política de prevenção bastante rígida, conseguindo manter baixos os números de infeções e mortes em comparação com outros países.

No entanto, o relaxamento das regras, nas últimas semanas, veio alterar a situação, com as taxas de infeção a atingirem níveis elevados.

Filas nos crematórios e o desespero da população: a dura realidade da pandemia na China

Depois de abandonar a política de “covid zero”, a China alterou a forma de contabilizar as mortes provocadas pela doença.

Pequim diz que nos últimos sete meses morreram oito pessoas vítimas de covid-19. A Organização Mundial da Saúde contesta os números e há relatos de enormes filas nos crematórios da capital, tal como demonstra a reportagem da Sky News, parceira da SIC.

Ao longo da reportagem, as autoridades intervieram e tentaram agarrar a câmara de filmar. Era comum haver uma forte presença policial ou um grande esforço de obstrução nos locais que a equipa de jornalistas tentou gravar.

Há uma clara pressão sobre o sistema de saúde chinês. Os hospitais têm recursos insuficientes e não há camas suficientes nos Cuidados Intensivos.

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