Coronavírus

Covid-19: que medidas podem cair na nova fase de combate à pandemia?

Redução do período de isolamento e da testagem, fim do uso de máscara na rua, o que se espera do tão aguardado alívio de medidas restritivas.

Peritos e responsáveis políticos reúnem-se esta quarta-feira no Infarmed, em Lisboa, para avaliar a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal. Esta nova reunião de avaliação, convocada pelo primeiro-ministro, insere-se num contexto em que o país já terá atingido, há cerca de 10 dias, um pico de casos de covid-19. Que medidas podem cair nesta fase em que os número de infeções apresentam uma trajetória descendente?

A diretora-geral da Saúde admitiu, em entrevista à CNN, que poderá haver alterações em relação ao período de isolamento. “Para as pessoas que estão doentes, não, porque continuam no auge da transmissibilidade e portanto deverão continuar em isolamento”, mas Graça Freitas considerou que poderá haver um aligeiramento da medida para os contactos diretos com infetados.

Em entrevista na SIC Notícias, Gustavo Tato Borges, presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, defendeu que o fim do isolamento, defendido por alguns especialistas, ainda é “prematuro” e espera que a Direção-Geral da Saúde não avance com essa medida.

Para o pneumologista Filipe Froes defendeu, um “alívio gradual de uma forma faseada, de uma forma monitorizada e com um incentivo à vacinação de reforço”, com um sistema de semáforo, tendo em conta internamentos e vacinação. Numa análise conjunta, na SIC Notícias, à atual situação da pandemia em Portugal e às condições para um levantamento das restrições, o matemático Henrique Oliveira sublinhou o contexto favorável de descida rápida do número de novos casos de covid-19.

Embora haja divergências em alguns pontos, nomeadamente no que diz respeito aos períodos de isolamento para infetados e contactos diretos, a maioria dos especialistas concorda no alívio das seguintes medidas:

  • Fim do uso da máscara na rua.
  • Utilização da máscara deverá ficar reservada aos espaços públicos fechados e para pessoas vulneráveis, profissionais de saúde, pessoas com sintomas e com teste positivo, mesmo que sem sintomas.
  • Fim das restrições da lotação máxima de espaços.
  • Fim da obrigatoriedade do certificado de vacinação/testagem na maior parte dos locais, à exceção do acesso a lares, hospitais ou mesmo eventos em larga escala.
  • Testes em massa limitados a grandes ajuntamentos e para não vacinados.

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