Coronavírus

Quando tenho de fazer isolamento? Testei positivo, e agora? O que muda com as novas regras

A partir de 10 de janeiro, entram em vigor as alterações à norma de rastreio de contactos da DGS. Saiba o que muda e como proceder em caso de teste positivo ou contacto com uma pessoa infetada.

As alterações à norma da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre o rastreio de contactos mudam as regras do isolamento profilático e a definição do contacto de alto risco. A partir desta segunda-feira, haverá menos pessoas em isolamento profilático e diminuem também os critérios para os contactos de alto risco. Quem deve estar em isolamento? Quanto tempo? E depois de um teste positivo, o que fazer?

A SIC Notícias reuniu algumas perguntas e respostas para saber como proceder.

Testei positivo, o que devo fazer?

Se teve um resultado positivo num teste à covid-19 deve ficar em isolamento profilático, mesmo que não apresente qualquer sintoma da doença. Caso o resultado tenha sido obtido num autoteste e não consiga agendar um teste PCR ou um teste de antigénio num laboratório ou farmácia, poderá contactar o SNS24 para solicitar a realização de um PCR ou antigénio que confirme resultado.

Por outro lado, se o resultado positivo tiver sido identificado por um teste profissional, o processo deverá ser automático: vai receber uma SMS que lhe fornece um formulário de apoio ao inquérito epidemiológico, a declaração de isolamento e um documento com recomendações a seguir nos próximos dias. Se não receber a mensagem num período entre 24 e 48 horas, contacte o SNS24.

Não deve ir ao hospital para confirmar o resultado do teste. Caso apresente sintomas, contacte a linha SNS24 e siga as indicações dadas pelo profissional de saúde, que o encaminhará para o hospital ou centro de saúde caso seja necessário. Os principais sintomas da covid-19 são tosse, febre (igual ou superior a 38.º), dores de cabeça, dores musculares, dificuldade respiratória e perda de olfato e paladar.

Se, por outro lado, for assintomático, mantenha o isolamento e siga as indicações de autocuidado.

Estive com uma pessoa que está infetada. Serei contacto de alto risco?

Uma das principais alterações impostas pela nova norma da Direção-Geral da Saúde é a definição do contacto de alto risco. A partir de 10 de janeiro, passam a ser considerados contactos de alto risco as pessoas que coabitem com casos identificados como positivos, assim como as pessoas que trabalham ou residam em Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) e outras respostas similares dedicadas a pessoas idosas, comunidades terapêuticas e comunidades de inserção social, centros de acolhimento temporário e centros de alojamento de emergência e unidades de cuidado continuados.

Há duas exceções: as pessoas que tenham sido vacinadas com a dose de reforço há mais de 14 dias e as que tenham recuperado da doença há menos de seis meses não são consideradas contacto de alto risco, mesmo que coabitem com a pessoa infetada.

No caso de ter estado com uma pessoa infetada – seja num jantar, num espaço fechado, no seu local de trabalho ou numa sala de aula -, não deverá ser considerado contacto de alto risco.

Se for classificado como contacto (de alto ou de baixo risco), irá ser contactado pelas autoridades de saúde e deverá receber uma requisição para um teste PCR ou um teste rápido de antigénio realizado por um profissional de saúde. Se não receber requisição, contacte o SNS24. Os contactos de alto risco devem realizar um primeiro teste até três dias depois de ter estado com a pessoa infetada e um segundo teste passados sete dias do encontro

Ao ser considerado contacto de baixo risco, deve monitorizar o aparecimento de sintoma associados à covid-19 nos 14 dias seguintes ao último momento em que esteve com a pessoa, manter a testagem regular, reduzir os seus contactos e utilizar máscara nos espaços interiores e exteriores.

Em que situações tenho de ficar em isolamento profilático?

O isolamento obrigatório aplica-se às pessoas que estão infetadas com covid-19 e às que são consideradas de alto risco. Caso seja contacto de alto risco, o isolamento profilático tem um período indicado de sete dias, a contar da última exposição ao caso confirmado.

Se houver a possibilidade de gerar cadeias de transmissão que incluam pessoas com risco de desenvolver doença grave, o isolamento poderá ser prolongado até ao 14.º dia, de forma excecional.

Caso tenha tido contacto com uma pessoa infetada, mas seja classificado como de baixo risco, não necessita de ficar em isolamento. Deve, no entanto, reduzir as interações com outras pessoas e as limitar as deslocações ao essencial.

Quando termina o isolamento?

O final do isolamento profilático depende do grau da doença e dos sintomas que teve.

Quem testou positivo mas é assintomático – ou seja, não tem sintomas – deverá fazer um isolamento mínimo de sete dias. Se desenvolver doença moderada, o período sobe para 10 dias; no caso de doença grave aumenta para 20 dias. Os pacientes com imunodepressão devem também cumprir o período máximo de 20 dias. O isolamento profilático começa a contar a partir do primeiro dia dos sintomas ou, caso não haja, do dia em que foi confirmada a infeção.

O final do isolamento é determinado pela ausência de febre ou restantes sintomas – sem recurso a qualquer medicação – durante três dias seguidos.

Para os contactos de alto risco é necessário obter um resultado negativo num teste PCR ou num teste antigénio de uso profissional para terminar o isolamento.

Houve um caso positivo no meu trabalho/escola do meu filho. O que devo fazer?

A partir de dia 10 de janeiro, como explicou esta quinta-feira o primeiro-ministro, as pessoas que estão em contacto com um caso positivo em contexto laboral ou letivo não ficam obrigadas ao isolamento, uma vez que não são consideradas contactos de alto risco.

No caso das escolas, caso seja identificado um aluno positivo, os restantes elementos da turma não são colocados em isolamento, ficando apenas isolado o aluno infetado e os respetivos membros da família que com ele coabitem.

No entanto, deverá monitorizar o aparecimento de sintomas coincidentes com os da covid-19, assim como reduzir os seus contactos e usar máscara. Em caso de dúvida, procure realizar um teste – seja numa farmácia ou laboratório, seja um autoteste.

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