Coronavírus

Portugal com mais 14 mortes e 39.570 novos casos de covid-19 em 24 horas

Último balanço da Direção-geral da Saúde aponta ainda para uma incidência já superior a dois mil casos por 100 mil habitantes.

Portugal contabiliza esta quarta-feira 14 óbitos e 39.570 casos (um novo máximo) de covid-19, segundo o relatório diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Os internamentos mantêm a tendência de subida. Nas últimas 24 horas foram internados mais 48 doentes, fazendo aumentar para 1.251 o número total. Em unidades de cuidados intensivos estão, neste momento, 143 doentes, menos quatro em relação a ontem.

Destaque também para os recuperados que são agora 1.241.849 desde o início da pandemia, mais 14.207 só nas últimas 24 horas.

Há 239.098 casos ativos (mais 25.349 em relação à véspera) e 197.562 contactos sob vigilância (mais 9.077).

No relatório desta quarta-feira foram atualizados os dados da matriz de risco e que apontam para nova subida da incidência para valores sem precedentes desde o início da pandemia. A nível nacional, a incidência é agora de 2.104,7 casos por 100 mil habitantes, e de 2.114,3 casos por 100 mil habitantes no continente.

Já o índice de transmissibilidade (Rt) regista hoje uma ligeira descida em relação à última atualização feita no início da semana, fixando em 1,41 quer a nível nacional, quer no continente. Na segunda-feira era de 1,43.

Incidência aumentou para um “máximo histórico”

A incidência do vírus SARS-CoV-2 aumentou para um máximo histórico, com uma tendência fortemente crescente a nível nacional, que se faz sentir nos internamentos em enfermaria, embora os cuidados intensivos se encontram a cerca de 60% do nível de alerta, revela a Direção-Geral da Saúde.

Os internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos mantêm “uma tendência estável” e a mortalidade reduziu, mantendo-se também “uma tendência estável”, para um valor inferior ao linear determinado pelo Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doença de 20 óbitos a 14 dias por 100 mil habitantes, afirmou hoje Pedro Pinto Leite, da Direção-Geral da Saúde, na reunião do Infarmed, em Lisboa.

Eficácia das vacinas é menor com a variante Ómicron

A eficácia da vacina contra a covid-19 é mais baixa na variante Ómicron do que para a Delta, mas após a dose de reforço aumenta e varia consoante a vacina e o tempo desde a última dose, informaram os especialistas reunidos no Infarmed.

Ana Paula Rodrigues, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), explicou que a efetividade da vacina contra infeção no caso da variante Ómicron situa-se entre os 40% a 70% e é considerada “moderada contra a infeção sintomática”.

INSA prevê máximo de casos na primeira ou segunda semana de janeiro

O máximo de casos de covid-19 pode ser atingido nesta primeira ou na segunda semana de janeiro, estimou esta quarta-feira o epidemiologista Baltazar Nunes, do Instituto Ricardo Jorge (INSA), prevendo ainda que entre 4% a 12% da população possa ficar de quarentena.

Período de isolamento de assintomáticos passa para sete dias

O período de isolamento para as pessoas assintomáticas que testam positivo ao SARS-CoV-2 e têm doença ligeira passa a partir desta quarta-feira a ser de sete dias, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

As normas atualizadas pela DGS também reduzem para sete dias o isolamento dos contactos de alto risco, mas alteram as definições destes contactos, que só entram em vigor na próxima segunda-feira.

Testagem nas escolas avança segunda-feira

A par do que já tinha acontecido no arranque letivo e durante duas semanas, todos os professores e não docentes das escolas públicas vão ser testados a partir da próxima segunda-feira

As escolas vão receber técnicos para realizar esses testes e, numa fase posterior, serão também testados os alunos.

Mais de 5,4 milhões de mortos em todo o mundo

A covid-19 provocou 5.448.314 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em diversos países.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

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