Coronavírus

Milhares marcham em Bruxelas contra novas restrições para conter a pandemia

A Bélgica decretou uso obrigatório de máscaras a partir dos 10 anos e que o teletrabalho é obrigatório.

KENZO TRIBOUILLARD

Lusa

Milhares de pessoas manifestaram-se este domingo, no centro da cidade de Bruxelas, contra as restrições impostas pelo Governo belga para controlar a nova vaga de covid-19 que está a atingir o país.

A marcha de protesto alinhou-se atrás de uma enorme faixa que dizia "Juntos pela Liberdade", percorrendo algumas ruas da cidade, com alguns manifestantes a protestarem também contra a vacinação, mas sem registos de violência.

De acordo com as autoridades, terão participado neste protesto cerca de 35 mil pessoas. Já no final da manifestação, algumas centenas de pessoas arremessaram garrafas e outros objetos contra as forças policiais, que usaram gás lacrimogéneo e um canhão de água para tentar dispersar os manifestantes junto ao bairro europeu de Bruxelas.

Com quase 10.300 novas infeções diárias em média na semana passada, a Bélgica voltou a registar uma taxa de propagação do vírus que não era atingida há um ano. O país está ainda a enfrentar níveis de hospitalização de doentes de covid-19 que não registava desde maio, com mais de 2.000 pessoas internadas, incluindo mais de 25% em cuidados intensivos.

A Bélgica estendeu o uso obrigatório de máscaras a partir dos 10 anos e decidiu que o teletrabalho é obrigatório, na tentativa de controlar uma nova vaga de casos de covid-19 no país.

"Os sinais de alarme estão a piscar no vermelho", disse recentemente o primeiro-ministro Alexander De Croo, acrescentando que o uso obrigatório de máscaras em locais lotados inclui agora as crianças a partir dos 10 anos, quando anteriormente era a partir dos 12.

As restrições decididas por muitos governos para travar a nova vaga de covid-19 na Europa tem levado, nos últimos dias, milhares de pessoas a protestarem nas ruas não apenas da Bélgica, mas também da Áustria, Irlanda do Norte, Países Baixos, Itália, Suíça e Croácia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já manifestou grande preocupação com o aumento de casos de covid-19 na Europa e advertiu que cerca de 500 mil pessoas podem morrer até março de 2022 se não forem tomadas medidas urgentes.

A covid-19 provocou pelo menos 5.130.627 mortes em todo o mundo, entre mais de 255,49 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, divulgado na sexta-feira.

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