Coronavírus

DGS avisa que aumento do Rt deve ser “acompanhado com atenção” na próxima semana

Lisboa corre o risco de recuar na fase de desconfinamento.

Westend61

SIC Notícias

O mais recente relatório com a monitorização das linhas vermelhas para a covid-19 da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) revela que a faixa etária com maior incidência de casos nos últimos dias é o grupo dos 20 aos 29 anos, com 106 casos por 100 mil habitantes.

No mesmo documento, os especialistas alertam para o aumento dos níveis de transmissibilidade do vírus – o chamado Rt – está a crescer a nível nacional, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde há uma “tendência crescente mais acentuada”.

Lisboa corre o risco de recuar na fase de desconfinamento

“O aumento dos valores do índice de transmissibilidade (Rt) deve ser acompanhado com atenção durante a próxima semana pois pode sinalizar o início de um período de crescimento da epidemia”, avisam.

O valor do Rt está acima de 1 a nível nacional (1,03) e na região de Lisboa e Vale do Tejo a 1,11. Mantendo-se este ritmo de crescimento, as autoridades sanitárias informam que “o tempo para atingir a taxa de incidência de acumulada a 14 dias de 120 casos por 100 000 habitantes, será de 61 a 120 dias e 31 a 60 dias, respetivamente, para o nível nacional e Lisboa e Vale do Tejo”.

Caso atinja o limiar dos 120 casos, o concelho de Lisboa corre o risco de recuar na fase de desconfinamento. No resto do país há 21 concelhos acima do limiar dos 120 casos de incidência a 14 dias.

O índice de transmissibilidade do vírus e a taxa de incidência de novos casos de covid-19 são os dois critérios definidos pelo Governo para avaliar o processo de desconfinamento iniciado a 15 de março.

Apesar do crescimento do Rt, o número diário de internados em Unidades de Cuidados Intensivos segue uma tendência decrescente no continente. O grupo etário com maior número de internados é o dos 60 aos 69 anos.

A presença das variantes em Portugal

Ainda no relatório divulgado esta sexta-feira, a DGS e o INSA informam que, em abril, cerca de 91% dos casos positivos diziam respeito à variante do Reino Unido. Até 19 de maio foram ainda detetados 88 casos da variante sul-africana, 115 casos da variante de Manaus e 10 casos da variante indiana.

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