Coronavírus

Desvio de vacinas. Há novas denúncias de alegados abusos

Foram identificados casos irregulares no hospital de Riba de Ave, num lar em Viseu e noutro no Montijo.

SIC Notícias

Num lar de Viseu foram vacinados familiares do presidentes, no hospital de Riba de Ave, no concelho de Famalicão, o administrador incluiu a mulher e a filha na lista de profissionais prioritários apesar de não trabalharem na unidade de saúde. O número de denúncias sobre administração indevida de vacinas contra a covid-19 continua a aumentar.

Propriedade da Santa Casa da Misericórdia, neste hospital foram vacinadas a mulher e a filha de Salazar Coimbra, o administrador e diretor clínico. A mulher surge na lista de prioritários como sendo médica, o que não é verdade. A filha é médica, mas trabalha noutro hospital. Foram ainda vacinados na primeira fase um motorista e um porteiro.

Salazar Coimbra revela que foram igualmente vacinados familiares de outros trabalhadores que colaboram com a instituição. Em resposta enviada à SIC, o administrador explica que a mulher e a filha foram vacinadas porque são voluntárias no hospital Narciso Ferreira.

O facto de ter sido atribuída a profissão de médica à mulher é justificado como um mero lapso dos serviços administrativos. No comunicado, é ainda assegurado que todos os enfermeiros da ala covid-19 e dos restantes serviços do hospital já foram vacinados. Conclui ainda que não houve qualquer fraude no processo de vacinação.

No lar de Viseu, o presidente, a mulher, a filha e vários funcionários administrativos receberam a vacina. A instituição diz que se tratou de uma questão de justiça.

Também no Montijo, o provedor da Santa Casa da Misericórdia também mandou vacinar a mulher, apesar de não preencher os critérios para estar na lista de prioritários.

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