O Hospital de São João, no Porto, tem 17 doentes em ECMO, um dispositivo de circulação extracorporal essencial ao tratamento de doentes críticos, 11 deles com covid-19, e ainda uma vaga disponível.
Quatro pessoas, da região Norte, a precisar de ECMO, já foram transferidas para Lisboa nas últimas 48 horas.
Na sexta-feira, o Centro Hospitalar Lisboa Central recebeu doentes dos hospitais de Penafiel, Pedro Hispano, em Matosinhos, e de Bragança e no sábado recebeu um doente do Hospital de Guimarães.
Pela primeira vez, há mais de 400 doentes em cuidados intensivos em Portugal. Números registados numa altura em que os hospitais privados anunciam que disponibilizaram ao Serviço Nacional de Saúde centenas de camas para receber doentes covid.
ECMO, um pulmão artificial
Apenas uma minoria dos doentes covid, em situações de extrema de gravidade, precisa de recorrer ao ECMO, como explica Roberto Ronron, médico intensivista do Hospital de São João.
Ecmo faz parte de uma cadeia de cuidados e "quando se verifica um estrangulamento do ecmo verifica-se um estrangulamento de tudo o resto", explica.
Mas assegura que o que tem acontecido é uma situação diferente. Acrescentado que este domingo existe uma vaga disponível para ECMO e o hospital tem ainda capacidade nos cuidados intensivos para receber doentes covid e não covid.