Coronavírus

Profissionais de saúde do Reino Unido iniciam ensaio cliníco com cloroquina

Medicamento contra a malária testado em 40 mil voluntários.

Benoit Tessier

Lusa

Profissionais de saúde do Reino Unido participam a partir de hoje num ensaio clínico para provar se a cloroquina ou a hidroxicloroquina, fármaco contra a malária que toma o Presidente dos Estados Unidos, funciona na prevenção da covid-19.

O estudo, liderado pela Unidade de Investigação em Medicina Tropical Mahidol Oxford, incluirá mais de 40.000 pessoas que trabalham com doentes confirmados ou suspeitos de sofrer da doença na Europa, em África, Ásia e América do Sul.

Em comunicado, o coautor da investigação Nicholas White assegurou que não se sabe se este fármaco é "benéfico ou prejudicial", indicando que "a melhor forma de descobrir" é através de um ensaio clínico aleatório.

O investigador do Colégio de Medicina de Brighton e Sussex Martin Llewelyn acrescentou que caso estes fármacos reduzam a possibilidade de contrair covid-19 será "tremendamente valioso" e que uma vacina efetiva e segura disponível para todos poderá "estar muito longe".

As provas iniciaram-se hoje nos hospitais universitários de Brighton e Sussex e no Hospital John Radcliffe de Oxford, prevendo-se que os resultados estejam disponíveis no final do ano.

O interesse neste fármaco aumentou depois de Donald Trump anunciar que toma hidroxicloroquina como medida preventiva contra o coronavírus.

Não obstante, a Agência de Medicamentos e Alimentação do governo norte-americano (FDA, na sigla em inglês) advertiu para os possíveis riscos que pode acarretar o uso deste composto fora do ambiente hospitalar, entre os quais se encontram alterações do ritmo cardíaco.

5 milhões de infetados e mais de 328 mil mortos em todo o mundo

A pandemia do novo coronavírus já matou pelo menos 328.220 pessoas e infetou mais de 5.012.630 em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan, segundo um balanço da agência AFP, às 11:00 hoje, baseado em dados oficiais.

Entre esses casos, pelo menos 1.854.900 foram considerados curados.

Os países mais afetados:

  • Estados Unidos, com 1.551.853 casos e 93.439 mortes
  • Rússia com 317.554 casos e 3.099 mortes
  • Brasil com 291,579 casos e 18.859 mortes
  • Reino Unido, 248.293 casos e 35.704 mortes
  • Itália com 227.364 casos, 32.330 mortes
  • França com 181.575 casos, 28.132 mortes
  • Espanha com 232.555 casos, 27.888 mortos

China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou 82.967 casos (dois novos entre quarta-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes (nenhuma nova) e 78.249 curados.

A Europa totalizou 169.932 mortes para 1.955.600 casos, Estados Unidos e Canadá 99.575 mortes (1.631.995 casos), América Latina e Caraíbas 33.945 mortes (612.891 casos), Ásia 13.158 mortes (399.080 casos), Médio Oriente 8.486 mortes (309.107 casos), África 2.996 mortes (95.533 casos) e Oceânia 128 mortes (8.426 casos).

Portugal com 1.277 mortes e 29.912 casos de Covid-19

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta quarta-feira que o número de óbitos subiu, de ontem para hoje, de 1.263 para 1.277, mais 14, enquanto o número de infetados aumentou de 29.660 para 29.912, mais 252, o que representa um aumento de 0,8%.

Não foi registado mais nenhum caso recuperado, sendo que o número manteve-se nos 6.452.

Há 608 doentes internados, menos 1 do que no dia anterior. 92 encontram-se em Unidades de Cuidados Intensivos, menos 1.

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