Coronavírus

Suécia começa a impor medidas de isolamento social

País já registou 3.046 casos de infeção pelo novo coronavírus e 92 mortes.

Em contraste com o resto da Europa, incluindo os países vizinhos, a Suécia manteve as escolas, cafés e restaurantes abertos, incentivando as crianças a continuar as atividades desportivas. Fotografia tirada em Estocolmo a 26 de março de 2020.
Janerik Henriksson / EPA

Lusa

A Suécia, que optou por um método mais moderado de combate à pandemia covid-19, tentando preservar a sua economia, começou esta semana a impor mais drásticas medidas de distanciamento social.

O Governo sueco anunciou hoje a proibição de reuniões com grupos superiores a 50 pessoas, numa medida que entra em vigor no domingo e restringe a anterior medida de limitação de agrupamentos com mais de 500 pessoas, segundo uma recomendação da Agência de Saúde Pública, disse hoje o primeiro-ministro, Stefan Lofven.

Quem não cumprir esta determinação ficará sujeito a uma multa ou pena de prisão de até seis meses.

“Se não precisarem de viajar, fiquem em casa. Isto é sério, agora”, disse Lofven, referindo que a Suécia já registou 3.046 casos de infeção pelo novo coronavírus e 92 mortes.

Em contraste com o resto da Europa, incluindo os países vizinhos, a Suécia manteve as escolas, cafés e restaurantes abertos, incentivando as crianças a continuar as atividades desportivas.

Na terça-feira, o Governo sueco começou a pedir aos bares e restaurantes para limitarem o serviço de atendimento à mesa, para evitar filas e concentrações e anunciou a possibilidade de maiores constrangimentos de mobilidade social, para combater a propagação do novo coronavírus.

As autoridades suecas pedem aos cidadãos para “assumir responsabilidades” e seguir as novas recomendações do Governo, se possível recorrendo ao teletrabalho e permanecendo em casa quando estiverem doentes.

A estratégia suave de combate à pandemia tem sido criticada por vários especialistas, dentro e fora da Suécia, mas as autoridades têm mantido a versão de que as medidas draconianas de confinamento não teriam grande impacto na evolução da crise sanitária.

Na vizinha Noruega, o Governo já tinha decretado o encerramento de todos os estabelecimentos de ensino, bem como restaurantes e locais de lazer, e encerrou todos os portos e aeroportos desde o passado dia 16.

Também a Finlândia declarou estado de emergência, com o encerramento de escolas e com restrições à mobilidade das pessoas, impedindo grupos em espaços públicos.

Quase 25 mil mortos em todo o mundo

O novo coronavírus matou 24.663 pessoas em todo o mundo desde que surgiu em dezembro. Foram registados 539.360 casos de infeção em mais 183 de países e territórios desde o início da epidemia. Pelo menos 112.200 foram considerados curados.

Itália, que registou a primeira morte ligada ao coronavírus no final de fevereiro, é o país mais afetado em número de mortes, com 7.503 em 74.386 casos. 9.362 pessoas foram consideradas curadas pelas autoridades italianas.

Depois da Itália, os países mais afetados são Espanha, com 4.858 mortes para 64.059 casos, a China continental com 3.292 mortes (81.340 casos), o Irão com 2.378 mortes (32.332 casos) e França com 1.696 mortes (29.155 caso).

A Europa totalizou 16.925 mortes para 292.246 casos, Ásia 3.682 mortes (101.935 casos), Médio Oriente 2.437 mortes (38.896 casos), Estados Unidos e Canadá 1.332 mortes (89.400 casos), América Latina e Caraíbas 182 mortes (10.056 casos), África 91 mortes (3.340 casos) e Oceânia 14 mortes (3.491 casos).

Sobe para 76 o número de mortos por Covid-19 em Portugal. Mais de 4 mil casos

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta quinta-feira a existência de 76 mortes e 4.268 casos de Covid-19 em Portugal.

O número de óbitos subiu de 60 para 76 em relação ao último balanço da DGS, enquanto o número de infetados aumentou de 3.544 para 4.268, mais 724 relação a ontem, uma subida que representa um aumento de 20,4%.

Há, ao todo, 43 casos recuperados a registar, os mesmos que ontem.

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