Coronavírus

Covid-19: Brasil com 418 novos casos e sete mortos em 24 horas

Anúncio feito pelo Ministério da Saúde brasileiro.

Sebastiao Moreira

Lusa

As autoridades brasileiras anunciaram este domingo que detetaram 418 novos casos nas últimas 24 horas, elevando o número total de contágios para 1.546, enquanto o número de mortos subiu para 25, depois de sete novas fatalidades pela covid-19.

O anúncio foi hoje feito pelo Ministério da Saúde brasileiro, em conferência de imprensa, expondo um aumento relativo de 37% das infeções totais face aos dados de sábado e de 39% face ao número de mortos anunciado no mesmo dia. Os estados de São Paulo (631 casos) e Rio de Janeiro (186) continuam a ser os mais afetados, sendo os únicos a registar vítimas mortais.

São Paulo soma 22 das 25 mortes e todas as sete novas mortes, tratando-se de cinco homens e duas mulheres com idades entre os 76 e os 96 anos, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. O estado de Roraima, na região norte, registou os seus primeiros casos (dois), o que significa que todos os 27 estados brasileiros detetaram agora a covid-19.

O ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, anunciou também que as autoridades sanitárias brasileiras pretendem realizar 10 milhões de testes rápidos para a deteção de covid-19 nas próximas semanas.De acordo com o governante, os testes serão realizados em tempo real e de forma mecanizada, sem contacto humano.

Da mesma forma, Luiz Henrique Mandetta assumiu que poderá haver falta de ventiladores nas próximas semanas, tendo apontado que há vontade do executivo em aumentar o número de empresas a produzir estas máquinas.O governante assumiu que as autoridades brasileiras não esperavam um contágio tão forte por parte deste novo coronavírus.

"Essa virose vai-se apresentando e nós vamos já conhecendo no nosso território. Nós precisávamos de saber como isso se ia dar no hemisfério sul", assumiu o ministro brasileiro, referindo-se às primeiras suspeitas de que o vírus poderia ter uma eficácia reduzida na transmissão em ambientes mais quentes, algo desmentido, entretanto, pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O ministro referiu que as autoridades tinham "uma perceção de menor capacidade de transmissão" do novo coronavírus, mas agora assume que se trata de um "vírus muito competente na transmissão".

Sobre a administração de cloroquina, um fármaco utilizado no tratamento da malária, artrite e lúpus, a doentes com covid-19, Luiz Henrique Mandetta reforçou o apelo feito pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira no sábado, para que se evite a automedicação.

"Não sabemos se o medicamento foi decisivo. Precisa de ser feito em maior escala", disse sobre o uso de cloroquina no tratamento da covid-19.

O ministro alertou também que a vacina da gripe, cuja campanha de vacinação tem início na segunda-feira, não é eficaz para travar o novo coronavírus.

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