O número de mortes provocadas pelo novo coronavírus subiu esta quarta-feira para 1.360, mais 242 em relação ao último balanço divulgado pelas autoridades chinesas, todas na província de Hubei.
Das 1.360 vítimas mortais, 1.358 são em territória chinês, uma nas Filipinas e outra em Hong Kong. Há ainda mais de 60 mil casos confirmados.
OMS diz que é muito cedo para prever fim da epidemia
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou esta quarta-feira que ainda é "muito cedo" para prever o fim da epidemia.
"Penso que é muito cedo para tentar prever o início, o meio ou o fim dessa epidemia", disse aos jornalistas o chefe do departamento de urgências de saúde da OMS, Michael Ryan.
Michael Ryan falava em conferência de imprensa na sede da OMS, em Genebra, onde estão reunidos centenas de especialistas na busca de uma forma de conter o coronavírus.
Direção-Geral da Saúde prepara hospitais
A probabilidade de transmissão do novo coronavírus nos países europeus é considerada baixa, desde que sejam cumpridas as medidas de prevenção.
A Direção-Geral da Saúde está a preparar mais hospitais, para servirem de suporte aos três de referência, e o Instituto Ricardo Jorge está a dar formação para que outros laboratórios possam fazer as análises.
Os super transmissores de coronavírus
Segundo os médicos, cada doente com coronavírus infeta em média 2,6 pessoas. Contudo, há casos que mostram taxas muito superiores, os chamados super transmissores. O sistema imunitário dos doentes é a explicação.
No caso de um sistema imunitário enfraquecido, os doentes podem desenvolver uma maior carga viral e por isso infetar mais pessoas. Terá sido o que aconteceu com um doente chinês internado a 7 de janeiro.
Depois de intervenção cirúrgica para retirar um tumor, acabou por infetar pelo menos 16 funcionários do hospital em Wuhan e quatro doentes que estavam no mesmo serviço.