Na primeira fase do acordo, que deverá durar seis semanas, está prevista a libertação gradual de 33 dos 98 reféns que permanecem em Gaza. Embora os nomes desses reféns já sejam conhecidos, as famílias ainda não sabem se estão vivos.
"Só quero que isto acabe, ter a minha filha de volta. É tão simples", desabafou Ayelet Levy Shachar, mãe de uma refém, emocionada.
Também está prevista a libertação de 1.890 palestinianos detidos em Israel, sendo que cerca de 1.100 foram capturados nos últimos 15 meses em Gaza e os restantes, alguns menores, na Cisjordânia.
Embora o anúncio do cessar-fogo tenha gerado celebrações, os bombardeamentos recentes em Gaza causaram mais de 100 mortes. A guerra, que já dura há 15 meses, devastou o território e muitas vidas. Zuhdi Sarhan, que perdeu a casa e uma perna no início do conflito, vive agora com a família num cemitério e sonha com uma prótese e um recomeço.
"Vimos massacres, morte e coisas inimagináveis. Estamos cansados de tudo isso", contou.
Apesar da promessa de paz, o acordo enfrenta oposição da extrema-direita israelita e é considerado frágil, com muitos a questionar a viabilidade e a temer novas perturbações.