Dez dias depois, a incursão militar israelita retirou-se das cidades do norte da Cisjordânia palestiniana e dos campos de refugiados de Jenin, Tulkarem e Tubas. As autoridades procuravam militantes islamitas e milhares de pessoas tiveram de abandonar as casas. Por onde passaram as tropas deixaram um resto de devastação que arrancou estradas, infraestruturas de saneamento e água, assim como muitas casas.
Quem agora regressa às casas, para além da destruição encontrou também recados escritos na parede.
Reduzidas a cada vez menos território devido à ocupação israelita, as autoridades locais palestinianas dão conta da morte de 30 palestinianos nos últimos 10 dias e mais de 100 feridos numa incursão particularmente destruidora.
Mais a sul perto de Nablus, uma ativista com dupla nacionalidade norte-americana e turca foi abatida a tiro pelas forças israelitas numa manifestação pacífica contra a ocupação. A mulher de 26 anos, que fazia campanha de defesa dos agricultores palestinianos contra colonos israelitas, ainda foi transportada para o hospital com vida mas não sobreviveu aos ferimentos de bala.
Quer os Estados Unidos quer a Turquia já exigiram explicações às autoridades israelitas. Washington continua a insistir que está para breve um acordo de cessar-fogo.
Nas ruas de Telavive continuam sem interrupção as manifestações que pedem negociações para libertar reféns, como defende a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã de visita a Israel.
11 meses depois, cerca de 100 reféns permanecem em Gaza num território devastado pela guerra, fome e doenças. No dia em que a UNRWA, a agência das Nações Unidas conseguiu chegar às mais de 350 mil crianças vacinadas contra a poliomielite.
Mais 27 pessoas morreram em novos bombardeamentos de norte a sul de Gaza.