Conflito Israel-Palestina

Em plena escalada de tensão no Médio Oriente, Joe Biden volta a reforçar apoio a Israel

Num momento de ainda maior tensão no Médio Oriente, Joe Biden volta a garantir todo o apoio a Israel quanto a uma potencial retaliação pela morte do líder político do Hamas no Irão. O presidente dos Estados Unidos admite, no entanto, que a morte de Ismail Haniyeh não ajuda aos esforços de negociação de um cessar-fogo em Gaza.

Miguel Franco de Andrade

Depois das homenagens em Teerão, onde o líder político do Hamas foi morto, o corpo de Ismail Haniyeh chegou esta sexta feira ao Qatar. Foi no norte da capital Doha que decorreram também as cerimónias fúnebres do guarda costas que morreu no atentado.

Milhares de pessoas estiveram presentes, entre as quais autoridades do Qatar e o homem apontado como o sucessor de Ismail Haniyeh - Khaled Meshaal.

A morte do homem que era também o principal negociador do Hamas faz aumentar a tensão num já explosivo Médio Oriente, com promessas de retaliação e o risco da guerra de Gaza se estender por toda a região. O presidente dos Estados Unidos garantiu todo o apoio a Israel, que se tem recusado a reivindicar o atentado.

Em dia semanal de orações, os protestos disseminaram-se por todo o mundo islâmico, como por exemplo no sudeste da Turquia. O Governo de Ancara, aliado político do Hamas, colocou bandeiras a meia haste nomeadamente nas representações diplomáticas em Telavive e Jerusalém, o que suscitou o protesto das autoridades israelitas.

No sul do Líbano, foram enterradas as quatro vítimas de nacionalidade síria que morreram no atentado israelita que também visou Fuad Shukr, o comandante do Hezbollah. O líder do movimento xiita financiado pelo Irão reiterou não ter responsabilidade no massacre de crianças nos Montes Golã do passado fim de semana.

Também o Hezbollah jura vingar a morte tanto do comandante morto no Líbano como do líder do Hamas. Israel garante estar preparado, num momento em que diversas campanhas aéreas deixaram de voar. Governos de vários países como França ou a Polónia aconselham os cidadãos a não se deslocaram para a região.

A escalada na tensão no Médio Oriente tem desviado as atenções do território de Gaza onde as Nações Unidas alertam para o alastramento de doenças infeciosas como a Hepatite e Poliomielite. O número de mortos confirmados até agora aproxima-se já das 40 mil pessoas desde o inicio da guerra.

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