Já está no Qatar o corpo do líder do Hamas morto ontem no Irão. Em dia de cerimónias fúnebres, ficou a saber-se que o responsável pelo grupo terrorista foi assassinado com uma bomba escondida, há meses, no quarto onde ia dormir.
A bomba foi detonada a partir do exterior do edifício. A explosão atingiu milimetricamente o quarto onde Ismail Haniyeh ia dormir. O The New York Times cita cinco funcionários que pediram anonimato, mas que revelam que a bomba foi colocada no quarto há dois meses, já que era lá que o líder do Hamas costumava ficar quando estava no Irão.
Esta quinta-feira começaram as cerimónias fúnebres, presididas pelo líder supremo do Irão, com pedidos de vingança.
De acordo com a France Press, o Irão e vários grupos terroristas vão retaliar contra Israel - atos concertados, mas calculados, de forma a evitar uma declaração de guerra. Israel está em alerta máximo.
Em Gaza, a filha do líder do Hamas tem estado a receber condolências.
A morte do líder do Hamas em solo iraniano está a ser atribuída a Israel, mas o Governo não confirma nem desmente. Em vez disso, nesta quinta-feira anunciou que executou outro comandante do grupo terrorista.
Apesar do ataque aéreo, o Hamas começou por dizer que o comandante estava de boa saúde, mas soube-se esta quinta-feira que, afinal, está morto.
O objetivo de Israel era executar Mohammed Deif - o homem que planeou o ataque terrorista em Israel, num festival de música, em outubro do ano passado.
As famílias das vítimas voltaram esta quinta-feira ao local onde tudo aconteceu. É que passaram agora 300 dias sobre o ataque e o Hamas ainda mantém 115 pessoas reféns.