Conflito Israel-Palestina

Com Gaza à beira de uma epidemia, Netanyahu e Hamas continuam sem chegar a um acordo para um cessar-fogo

O primeiro-ministro de Israel diz que é o Hamas quem está a impedir um cessar-fogo na Faixa de Gaza. O grupo terrorista tinha acusado Benjamin Netanyahu de impossibilitar um acordo, ao acrescentar novas exigências a uma proposta de trégua apoiada pelos Estados Unidos, após as últimas negociações conduzidas por mediadores.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
Abir Sultan/Pool Photo via AP

SIC Notícias

O clima continua a ser de tensão entre o primeiro-ministro de Israel e o grupo terrorista do Hamas. Esta segunda-feira, ambos trocaram acusações quanto à falta de progressos para um acordo que determine um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Primeiro o Hamas acusou Israel de impossibilitar um acordo, ao acrescentar novas exigências a uma proposta de trégua apoiada pelos Estados Unidos, após as últimas negociações conduzidas pelos países mediadores.

Em resposta, Benjamin Netanyahu reitera que não alterou nenhuma das suas condições. Mantendo-se assim os princípios da proposta original que incluem a libertação do máximo de reféns ainda vivos e o controlo israelita da fronteira Gaza-Egito.

Nos últimos tempos, os Estados Unidos têm dito que um acordo está próximo, mas ainda não há consenso entre Israel e o grupo terrorista. Enquanto o Hamas exige um cessar-fogo em Gaza, Netanyahu defende que o conflito só irá terminar quando o grupo palestiniano for eliminado.

Ministério da Saúde declara Gaza como "zona epidémica de poliomielite"

A situação é cada vez mais dramática com milhares de pessoas em risco de morrerem à sede e fome. Esta segunda-feira, o Ministério da Saúde de Gaza declarou o enclave palestiniano como "zona epidémica de poliomielite", dez dias após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter confirmado que a doença foi encontrada nos esgotos do centro e do sul do território.

Até ao momento, não foram detetados casos de poliomielite na população, mas o vírus causador da doença foi encontrado em seis das sete amostras ambientais recolhidas em todo o enclave palestiniano.

O Ministério da Saúde acusou Israel de impedir o acesso dos habitantes de Gaza à água, de destruir as infraestruturas de esgotos e de sobrelotar a população nas zonas de deslocação forçada, o que levou à presença de poliomielite nas águas residuais em Khan Younis (sul) e nas províncias do centro da Faixa de Gaza.

Com Lusa

Últimas