Nélson Batista faz grandes deslocações diárias num pesado de mercadorias. Viagens que diz estarem agora estão mais caras devido ao aumento dos preços dos combustíveis.
“Sente-se e muito. É um absurdo isto. Não sei como é que os nossos vizinhos conseguem ter as coisas mais baratas”, diz Nélson.
Portugal é o oitavo país com os preços mais caros da União Europeia. Teve neste início de semana mais uma subida dos combustíveis, a maior dos últimos três anos. O gasóleo aumentou 5 cêntimos por litro, a gasolina três cêntimos. Valores sentidos por quem abasteceu esta segunda-feira.
Os portugueses queixam-se do aumento dos preços que tem sido recorrente nos últimos anos. O aumento do preço do petróleo é apontado como uma das principais razões para esta subida, a Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC) diz que esta escalada de preços terá um impacto generalizado a longo prazo e que a solução terá de passar pelo Governo.
“Na opinião da ANAREC seria benéfico para todos nós, em especialmente para os cofres do Estado, que o Governo controlasse o preço dos combustíveis, igualando-os a Espanha, por exemplo. O primeiro impacto é sempre o aumento da inflação. O aumento da inflação não se sente na semana seguinte porque demora algum tempo a atualizar o preço, sentir-se essa diferença, mas no prazo de um mês ou dois meses vai levar a aumento generalizado de todos os produtos o que é prejudicial numa altura em que já estamos em recessão económica na Europa”, diz Mafalda Trigo, vice-presidente da ANAREC.
O que é certo é que o preço atual a pagar é o mais caro desde 2022.