Dezasseis anos depois do desaparecimento de Madeleine McCann, a Polícia Judiciária faz buscas a pedido das autoridades alemãs na barragem do Arade, a cerca de 50 quilómetros da Praia da Luz, no Algarve. Esta não é a primeira vez que a polícia portuguesa faz buscas a pedido da polícia alemã. Ao que a SIC apurou, as buscas vão durar vários dias, pelo menos amanhã e quarta-feira seguramente, e será transportada maquinaria para o local. Luís Garriapa, editor de Sociedade da SIC, dá conta das últimas informações sobre estas diligências policiais.
Em causa podem estar "novas pistas do processo que está a ser levado a cabo pela Alemanha, Portugal aqui surge como um facilitador desta operação e é quem atua no terreno porque é a polícia que tem a jurisdição em Portugal para fazer este tipo de diligências policiais, mas é a pedido da polícia alemã”.
"Não é a primeira vez que os alemães pedem a Portugal para fazerem buscas, já ocorreram buscas relativamente a este caso anteriormente e agora pelos vistos haverá uma nova pista que eles querem seguir, que é este local que Christian Brueckner parece que dizia que era o seu pequeno paraíso, onde costumava dirigir-se várias vezes e por isso poderá ser por aqui que as autoridades alemãs tenham estas desconfianças", explica Luís Garriapa.
Os alemães entendem que Christian Brueckner poderá ser a chave para resolver o caso Maddie, “pelas características deste homem, pelas características nomeadamente ao nível dos crimes sexuais, entendem que poderá ser a chave para este mistério que já dura há 16 anos”.
Luís Garriapa realça também que “os vestígios de caráter biológico provavelmente já terão desaparecido, até porque é uma zona de água”. Pode haver, no entanto, a intensão de “encontrar outro tipo de elementos como, por exemplo, outro tipo de objetos ou roupa que possa servir de prova”.
As buscas vão decorrer durante vários dias, principalmente na zona de terra, só 20% serão feitas nas margens da barragem, apurou a SIC.
“Não sabemos ao certo quantos elementos vão estar no terreno, mas seguramente muitos para fazer todo este tipo de recolha de material, que depois será levado para laboratórios para ser analisado”, conclui Luís Garriapa.