Ataques em Paris

Detido o suspeito mais procurado na sequência dos atentados de Paris

O suspeito mais procurado na sequência dos atentados de Paris em novembro passado, Salah Abdeslam, foi hoje detido durante uma operação policial em Bruxelas, depois de quatro meses em fuga, confirmaram as autoridades policiais. Ferido numa perna, Abdeslam foi detido juntamento com um outro suspeito, não tendo ainda a procuradoria federal belga confirmado se estes eram os dois homens em fuga desde os tiroteios da passada segunda-feira, na comuna bruxelense de Forest, estando prevista uma conferência de imprensa para as 20:30 locais (19:30 de Lisboa).

De acordo com a imprensa belga, o segundo homem já detido já foi identificado, trata-se de Soufyane Kayal, e tem ligações a Mohamed Belkaid, morto durante a operação policial de segunda-feira.

A operação antiterrorista hoje desencadeada a meio da tarde ainda prossegue em Molenbeek, onde um terceiro indivíduo estará barricado ainda num apartamento.

A captura de Abdeslam, que esteve em Paris na noite dos ataques que provocaram mais de 130 mortos, precipitou-se depois de uma rusga na comuna de Forest, na segunda-feira, durante a qual seis agentes (quatro belgas e dois franceses) foram surpreendidos com tiros de armas automáticas ao chegarem a um apartamento que julgavam desabitado.

Na sequência de tiroteios e uma grande operação policial, quatro agentes foram feridos sem gravidade, um presumível 'jihadista', Belkadi, foi morto (tendo sido encontrados ao lado do cadáver uma bandeira do grupo 'jihadista' Estado Islâmico e um livro sobre salafismo), mas os dois homens conseguiram fugir e eram ativamente procurados.

Após serem descobertas impressões digitais de Salah Abdeslam no apartamento de Forest, as autoridades intensificaram a "caça ao homem", e, segundo a estação televisiva belga RTBF, após fugir, Abdeslam e o seu cúmplice contactaram um indivíduo que estava a ser vigiado há vários meses, o que permitiu à polícia seguir o seu rasto até à Rue des Quatre Vents, no tristemente famoso bairro de Molenbeek, de onde partiram ou eram originários vários terroristas implicados nos ataques de Paris.

A operação, que ainda não terminou, está a ser seguida pelo primeiro-ministro belga, Charles Michel, e pelo Presidente francês, François Hollande, a partir do gabinete do chefe de governo belga, para onde rumaram depois de participarem num Conselho Europeu.

Lusa

Últimas