O chefe da diplomacia dos EUA declarou à cadeia francesa France2 que, ainda que as incursões na Síria dependam, em termos gerais, dos objetivos, vão prosseguir porque têm vindo a dar bons resultados.
Kerry, que hoje se reuniu com o presidente de França, François Hollande, no Eliseu, assinalou que, com o aumento dos bombardeamentos, o EI "cada vez terá mais dificuldades", como mostra o facto de já ter perdido 25% do seu território de ação.
"Avançamos para os pressionar", afirmou Kerry na entrevista, sublinhando que são visadas as vias de abastecimento do grupo, com vista a terminar o contrabando de petróleo da organização terrorista com países como o Iraque e a Turquia, "uma fonte importante de financiamento".
O secretário de Estado norte-americano descartou ainda o envio de tropas e sublinhou que "não é a melhor estratégia", pois as pessoas no terreno devem ser cidadãos locais, aos quais compete "tomar o poder", razão pela qual é "tão importante" uma solução política, que pode ter lugar a curto prazo.
"Pela primeira vez temos o Irão e a Rússia na mesa das negociações. Se nas próximas semanas conseguirmos que a oposição e os apoiantes de Al Asad [presidente sírio] se encontrem, acreditamos que podemos alcançar um cessar-fogo", afirmou Kerry.
Alcançado esse objetivo, "se for possível pôr em marcha de forma efetiva uma transição política, poderemos mobilizar as forças governamentais com a oposição para combater juntos o EI. Essa é a solução mais eficaz", acrescentou.
Kerry recordou ainda que o seu país continua a defender que a saída do presidente sírio "continua a ser essencial", pois "perdeu toda a credibilidade perante o seu povo" e não voltará a ser legítimo na governação do país.
Lusa