Ataque no Centro Ismaili

"A saúde mental é o parente pobre da saúde no geral"

Pedro Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal, comenta o caso do ataque ao Centro Ismaili, em Lisboa.

SIC Notícias

Duas mulheres morreram e um homem ficou ferido num ataque com faca no Centro Ismaili, em Lisboa. O suspeito foi atingido a tiro pela PSP e levado para o hospital. Trata-se de Abdul Bashir, um refugiado afegão ismaelita, que chegou a Portugal em 2021.

A Polícia Judiciária (PJ) afastou indícios de terrorismo ou motivação religiosa. Luís Neves, diretor nacional da PJ, avançou que este ataque poderá ter ocorrido devido a "um surto psicótico" do atacante.

Pedro Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal, explica que é preciso ter em conta todo o percurso de vida das famílias, "não desresponsabilizando de forma nenhuma o autor dos crimes que terá de ser levado à Justiça", começa por dizer.

As condições em que saem do país, o percurso que fazem até chegar a um local seguro e as questões burocráticas, "tudo isto afeta a saúde mental dos refugiados", aponta.

"As condições nos campos de refugiados da Grécia são prisões a campo aberto, já estive em alguns e o aspeto era mesmo de uma prisão", conta.

Pedro Neto diz que, quando falamos em saúde mental, os “meios são muito poucos” em Portugal.

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