O Brasil, maior produtor de café do mundo, tem sofrido com o impacto das alterações climáticas e, em novembro, os preços atingiram o valor mais alto em quase meio século.
Para além do aumento da procura a nível mundial, com a abertura de novos mercados, houve uma queda na produção no sudeste asiático e, em consequência, uma redução dos stocks.
O Brasil, que em 2021 chegou a produzir 63 milhões de sacas de café, enfrenta dificuldades para se recuperar de problemas que começaram com uma grande geada em 2022, seguida de uma seca prolongada. Faltou chuva nos períodos de floração dos cafezais e a água é fundamental para que as flores se transformem em grãos.
A chuva, que voltou a cair nos cafezais a partir de outubro, ainda não é uma garantia de que os preços devem melhorar. A estiagem enfraquece o solo e pode comprometer o desenvolvimento da planta, que tem capacidade para produzir por mais de 20 anos.
Os especialistas alertam que o preço alto do café chegou para ficar, e que o consumidor pode ter que aprender a conviver com a chamada inflação climática.