Abusos na Igreja Católica

Vítimas de abusos sexuais na Igreja protestam junto ao Parlamento

As vítimas dos crimes sexuais cometidos por membros da Igreja dizem que estão a assistir a um retrocesso. Numa manifestação em frente ao Parlamento, acusam a Conferência Episcopal Portuguesa de silêncio e total falta de transparência.

Hugo Maduro

José Silva

Os cravos e as rosas brancas são simbólicos, como o protesto. Quase três anos depois de uma comissão independente revelar os crimes sexuais cometidos por membros da Igreja, as vítimas sentem-se esquecidas e apelam ao poder político.

A associação Coração Silenciado, que organizou o protesto, critica a forma como a atribuição de indemnizações está a ser feita. Uma tarefa do Grupo Vita, criado pela Igreja, que tem estado a validar e a excluir testemunhos.

António Grosso, da Coração Silenciado, fala num “retrocesso” e diz que o relatório com as provas de abusos sexuais foi “absolutamente desprezado”.

"Anteriormente ao Grupo Vita, foi criado em 2022 a comissão independente, constituída por altos profissionais. Depois de um ano de trabalho a ouvir vítimas de abusos sexuais na Igreja Católica portuguesa, a comissão produziu um relatório de 500 páginas em que validava 512 testemunhos. Esse relatório foi absolutamente desprezado pela Conferência Episcopal Portuguesa."

As vítimas queixam-se de passar por um processo de revitimização.

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