20 anos do 11 de setembro

Jornais iranianos criticam reação militar dos EUA aos ataques do 11 de setembro

Jornais ultraconservadores iranianos criticam resposta aos ataques terroristas.

Mike Segar

Lusa

Vários jornais ultraconservadores iranianos criticaram este sábado as intervenções militares norte-americanas lançadas em retaliação aos ataques de 11 de setembro, na data em que se lembra o seu vigésimo aniversário.

Num editorial publicado sob o título "o começo do fim dos Estados Unidos", o Hamshahri (jornal diário ultraconservador de Teerão), escreve que Washington seguiu "uma trajetória errada".

"O erro de apreciação dos Estados Unidos é ter acreditado poderiam lutar contra este novo inimigo (Al-Qaida) com armas e operações militares, enquanto esta nebulosa organização terrorista beneficiava de um terreno fértil, intelectual e economicamente favorável no Paquistão, no Afeganistão, assim como no Iraque e na Síria".

"A posição política, a influência internacional e mesmo o poder militar dos Estados Unidos foram seriamente minados. Este país está em declínio e Biden não foi capaz de detê-lo", acrescenta o editorial hoje divulgado.

Outro jornal iraniano, Keyhan (ultraconservador), escreve que, "depois de 20 anos de guerra, derramamento de sangue, o massacre de centenas de milhares de pessoas no Iraque e no Afeganistão e a destruição desses países, os Estados Unidos não recuperaram a sua segurança".

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