Economia

Certificados de aforro? Valor subscrito em julho foi o mais alto dos últimos 27 anos

Uma das explicações para este aumento pode ser o subsídio de férias recebido em junho ou julho e que está já a ser reservado para dias mais difíceis que possam vir ou simplesmente para não terem o dinheiro parado no banco à ordem.

SIC Notícias

Os portugueses continuam a colocar as poupanças em Certificados de Aforro. Em julho, foi atingido o valor mais alto dos últimos 27 anos. É o décimo mês consecutivo em que o valor global dos certificados cresce.

Este mês, estão a render apenas 1,98%, mas, mesmo assim, tem sido a escolha preferida dos portugueses para manter as poupanças. Só em julho, de acordo com o Banco de Portugal, foram subscritos mais 404 milhões de euros no produto de aforro do Estado.

No total acumulado, é o valor mais alto dos últimos 27 anos, com quase 38 mil milhões de euros nos cofres do Ministério das Finanças. Estamos a falar de mais 12,6% do que no mesmo mês do ano passado.

Uma das explicações para este aumento pode ser o subsídio de férias recebido em junho ou julho e que está já a ser reservado para dias mais difíceis que possam vir ou simplesmente para não terem o dinheiro parado no banco à ordem.

Contudo, apesar do valor total continuar a crescer de mês para mês, os certificados começaram a perder o interesse dos aforradores em 2024, quando, em junho, a "série E" foi substituída pela "série F", com uma taxa de juro mais baixa.

Há cinco meses que a taxa de juros dos Certificados de Aforro tem vindo a descer, uma vez que a taxa Euribor a três meses também tem vindo a cair.

Neste momento, a taxa já está abaixo dos 2%, o que não chega para compensar a inflação, que subiu em junho para 2,4%. Ou seja, mesmo assim, está a perder dinheiro em valor real.

Por outro lado, os prémios de permanência após o primeiro ano e a capitalização dos juros podem ajudar a compensar essas perdas.

Certificados de Aforro: como subscrever através da internet

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