Na próxima quinta-feira, haverá reunião do Banco Central Europeu (BCE), o que poderá significar um novo corte nas taxas de juro. A concretizar-se, será a sétima descida em apenas dez meses e não deverá ficar por aqui.
Se a guerra comercial se agravar, poderão ser necessários mais cortes para estabilizar os mercados.
O último corte, em março, foi de 25 pontos base e deixou as taxas de juro de referência do Banco Central Europeu nos 2,5%.
A partir desse momento, era previsível uma pausa nos cortes. Foi essa a indicação deixada por Christine Lagarde, numa altura em que a inflação já se encontra nos 2,2% na Zona Euro, a descer pelo segundo mês consecutivo.
Contudo, a guerra comercial trouxe novos desafios à Europa.
Na semana passada, a presidente do BCE já tinha deixado em aberto a possibilidade de um novo corte nos juros. Sem confirmar diretamente essa decisão, afirmou estar pronta a intervir para estabilizar os mercados. Um corte nas taxas ajudaria a impulsionar a economia.
Pode haver boas notícias para quem tem crédito à habitação
No final de contas, isto pode representar boas notícias para as famílias com crédito à habitação. Apesar de se registarem algumas subidas diárias nas taxas, são pouco significativas, e a expectativa é que, no final do mês, haja uma nova descida das taxas Euribor.
Isso significa que, para quem tiver os contratos revistos em maio, poderá haver uma redução da prestação mensal paga ao banco.
Muitas pessoas renegociaram os seus créditos nos últimos anos, ficando com uma taxa mista: fixa durante dois a cinco anos e, após esse período, novamente variável.
Se ainda estiverem no período de taxa fixa, provavelmente terão de aguardar até ao seu término.
A DECO Proteste explica que, embora não seja impossível renegociar durante esse período, é bastante mais difícil, uma vez que os bancos se comprometeram a manter a mesma taxa durante esses anos.