Economia

Da luz ao gás: preços de setores essenciais devem descer em 2025

A taxa de inflação está a estabilizar e não é esperado que os custos mantenham a trajetória de subida que se verificava até há uns tempos.

Teresa Amaro Ribeiro

Ricardo Tenreiro

Com a taxa de inflação a estabilizar, o próximo anodeverá trazer recuos de preços. É o caso de setores essenciais como a habitação, a eletricidade ou o gás.

Depois de quase vencida a guerra contra a inflação, os analistas acreditamque os juros do Banco Central Europeu( BCE) deverão continuar a descer nos próximos meses até atingirem, no próximo ano, os 2%.

O fenómeno terá impacto nas carteiras de quem pediu dinheiro emprestado ao banco para comprar casa. As prestações do crédito para habitação têm vindo a descer e o ritmo deve manter-se no próximo ano, com as prestações a diminuírem várias dezenas de euros. Descidas que, é claro, dependem sempre do prazo da Euribor e de quando é revisto o contrato do empréstimo.

Nos restantes preços, entre telecomunicações, gás e eletricidade também se esperam recuos no próximo ano.

A presidente da Autoridade Nacional de Comunicações, em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, afirmou que os preços devem abrandar na ordem dos 7%.Há, nesta equação, dois fatores:a inflação (que baixou, rondando os 2%) e o “efeito Digi”, isto é, a entrada no mercado de uma nova operadora romena.

Na eletricidade, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) avançou com uma proposta para os preços do mercado regulado, que deverá reduzir entre 82 e 88 cêntimos a fatura mensal. Atarifa de acesso à rede poderá descer 5,6%. A confirmação só chegará, contudo, depois de reunido o conselho tarifário, a 15 de dezembro.

Já os consumidores do gás no mercado regulado estão sob novas tarifas desde outubro e algumas comercializadoras admitiram subidas no preço. Mas, no geral, analistas antecipam queos preços na Europa devem manter-se, em 2025, nos 36 euros por megawatt-hora (MWh) e descer nos três anos seguintes.

No caso das portagens, há subidas de preços na ordem dos 2,2% no próximo ano. No entanto, há um conjunto de autoestradas do Interior e do Algarve onde se vai deixar de pagar portagem.

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