Economia

Subida nas rendas leva famílias a pedirem mais créditos pessoais

Até setembro, a DECO tinha recebido 20 mil pedidos de ajuda de agregados sobre-endividados, a grande maioria de pessoas empregadas.

Catarina Lúcia Carvalho

Eurico Bastos

Mesmo com emprego, mesmo com rendimentos acima dos mil euros, há famílias que não estão a conseguir fazer face às despesas do dia a dia. Casa e alimentação representam a maior carga no orçamento.

Dificuldades que estão a empurrar muitas famílias para o recurso a mais créditos. De 2023 para 2024, subiu de 5 para 6 o número médio de créditos bancários das famílias portuguesas. Aumentaram os pedidos de empréstimo à habitação, de créditos pessoais, de cartões de crédito e de crédito automóvel.

Até setembro, a DECO tinha recebido 20 mil pedidos de ajuda de agregados sobre-endividados. A larga maioria, vindos de pessoas empregadas.

A situação é mais grave nos centros urbanos, onde a habitação é mais cara e tem levado famílias a pedirem créditos ao consumo para pagar as rendas de casa.

Aos bancos, a DECO exige mais responsabilidade e uma avaliação rigorosa da idade e da taxa de esforço de quem pede empréstimos. Às famílias, a associação pede que tentem antecipar as dificuldades, tentem renegociar despesas fixas e, no limite, que peçam ajuda.

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