Há mais 60 mil portugueses em risco de pobreza. A taxa subiu para 17% com dificuldades no acesso à habitação em condições dignas e a cuidados de saúde. O relatório "Portugal Balanço Social", divulgado esta quarta-feira, revela ainda que idosos e crianças são dos mais afetados.
No universo da pobreza, há dois grupos que se destacam: os idosos acima dos 65 anos (416 mil pessoas) e os mais novos (302 mil crianças).
O estudo "Portugal Balanço Social 2023" é uma iniciativa da Nova SBE, que avalia a multidisciplinariedade da pobreza. Mostra que, quanto mais pobre e vulnerável se está, mais dificuldades se encontram.
Por exemplo, as crianças pobres têm mais dificuldade no acesso à creche.
Quanto mais crianças e menos adultos, mais hipóteses de entrar na pobreza. Mesmo depois das transferências dos apoios sociais.
O que significa que as famílias nonoparentais, em Portugal, maioritariamente compostas por mulheres e filhos, a pobreza seja comum. São o grupo mais afetado, depois dos desempregados.
A taxa de risco de pobreza subiu em 2023. 17% da população está em risco de pobreza.
Há agora mais 60 mil pessoas. No total, são quase dois milhões de pobres.
É um cenário fértil para populismos. É que a falta de respostas sociais leva a desconfianças nas principais instituições.