Economia

Envio de ativos russos congelados: Portugal aguarda avaliação da União Europeia

Para Fernando Medina, é “preciso uma ponderação adequada no seio da União Europeia”, bem como “fazer uma avaliação cuidada dessa proposta do ponto de vista legal”.

ANTÓNIO PEDRO SANTOS

SIC Notícias

Lusa

O ministro das Finanças de Portugal disse, nesta quinta-feira, que é preciso haver avaliação criteriosa na União Europeia (UE) antes de comentar a ideia lançada pelos Estados Unidos de libertar ativos soberanos russos congelados por causa da guerra na Ucrânia.

"Acho que é preciso fazer uma avaliação cuidada dessa proposta do ponto de vista legal, em primeiro lugar, do ponto de vista do que ela significa, do seu enquadramento jurídico e, também, do ponto de vista do que ela significa do ponto de vista da visão política relativamente à evolução do próprio conflito [entre a Rússia e a Ucrânia]", disse Medina à Lusa.

E acrescentou:

“É preciso uma ponderação adequada no seio da União Europeia, essa ponderação ainda não está feita (...) creio que neste momento ainda a União Europeia no seu conjunto não tomará formalmente uma posição sobre isso e, é nesse quadro, em primeiro lugar, que nos pronunciaremos”.

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, declarou na última terça-feira apoio público à ideia de liquidar cerca de 300 mil milhões de dólares (277,6 mil milhões de euros na cotação atual) em ativos alocados em países do G7 (sete maiores economias do mundo) congelados do Banco Central russo e utilizá-los para a reconstrução a longo prazo da Ucrânia.

"É necessário e urgente que a nossa coligação encontre uma forma de desbloquear o valor destes ativos imobilizados para apoiar a resistência contínua da Ucrânia e a reconstrução a longo prazo", disse Yellen em declarações em São Paulo, Brasil, na cimeira dos ministros das Finanças do G20.

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