Economia

Preço do cabaz de produtos essenciais aumentou 10 euros na última semana

Veio a cair desde a implementação do IVA Zero, mas começou a inverter-se em meados de setembro, ao ponto de chegar agora aos 231 euros e 70 cêntimos. Bem próximo do máximo registado em março.

João Tiago

Luís Silva

Renato Mendonça

Marta Coelho

A comida está de novo a ficar mais cara e a deixar cada vez mais famílias em dificuldades. Só no último mês, o preço do cabaz de produtos essenciais aumentou 10 euros. A defesa do consumidor avisa que deverá continuar a subir por causa do fim do IVA zero.

A DECO Proteste avisa que 2024 vai ser um ano difícil para os consumidores.

O preço do cabaz alimentar está e vai continuar a aumentar, a que se soma o regresso do IVA dos bens essenciais. Só no último mês, comprar os 64 produtos selecionados custou mais 10 euros ao bolso dos portugueses.

Sente quem enche a despensa uma vez por mês, mas também quem vai comprando à medida das necessidades. Os aumentos no preço dos produtos monitorizados pela DECO Proteste vão-se sucedendo a cada dia que passa.

Só na ultima semana, dispararam na couve-coração, na alface frisada e no iogurte liquido de morango, todos acima dos 10%. E o pior é que não foi um momento isolado. A escalada, diz a DECO Proteste, tem vindo a acentuar-se.

Basta olhar para variação do cabaz de 64 produtos selecionados. Veio a cair desde a implementação do IVA Zero, mas começou a inverter-se em meados de setembro, ao ponto de chegar agora aos 231 euros e 70 cêntimos. Bem próximo do máximo registado em março.

Olhemos para os produtos que mais estão a contribuir para aumentar a conta de mercearia.

À cabeça, o azeite virgem extra já acima dos 10 euros, representa um aumento de 79% face ao mesmo mês de 2022.

Seguem-se os cereais, agora próximos dos cinco euros, mais dois num só ano. O arroz carolino fecha o pódio, a custar dois euros e 16 cêntimos, mais 84 cêntimos, ou seja aumentou 64% em 12 meses.

Culpam-se os impactos das alterações climáticas nas colheitas e as guerras que interromperam cadeias de produção.

Esse impacto está a verificar-se e os consumidores não têm grande capacidade de resposta de 6%.

Ainda na semana passada, o INE tinha confirmado a diminuição da taxa de inflação, que terá ficado em 2,1% em Outubro.

Mas a DECO Protesto verifica evolução inflacionista nesta amostra de produtos.

Desde a primeira semana de 2022, o preço do cabaz já aumentou aumento de 44 euros.

Últimas