Economia

Bancos lucram mais de 3 mil milhões de euros até setembro (e CGD é líder isolada)

Os cinco principais bancos tiveram lucros agregados de 3.288 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 70% em termos homólogos, resultados que beneficiaram do aumento das taxas de juro.

Dinheiro, banco.
Canva

Lusa

Daniela Tomé

Os cinco principais bancos tiveram lucros agregados de 3.288 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 70% em termos homólogos, resultados que beneficiaram do aumento das taxas de juro.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) apresentou esta sexta-feira lucros de 987 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, mais 43% do que no mesmo período de 2022.

O BCP lucrou até setembro 650,7 milhões de euros, mais de sete vezes o resultado dos primeiros nove meses do ano passado, e o Novo Banco teve lucros de 638,5 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 49%.

O Santander Totta teve resultados líquidos de 621,7 milhões de euros, mais 61,5%, e o BPI teve lucros de 390 milhões de euros, mais 35%.

A principal rubrica a explicar a subida significativa dos ganhos é a margem financeira, que é a diferença entre o que os bancos cobram pelos créditos e o que pagam pelos depósitos.

A subida das taxas de juro do mercado tem acompanhado o aumento das taxas diretoras pelo Banco Central Europeu (para combater a inflação), o que tem impacto nos créditos, sobretudo nos empréstimos à habitação que em Portugal são maioritariamente a taxa variável (indexados às taxas Euribor).

Por outro lado, os bancos têm aumentado a remuneração dos depósitos, mas mais lentamente do que sobem os juros do crédito.

A margem financeira agregada dos cinco principais bancos foi, nos primeiros nove meses deste ano, de 4.670 milhões de euros.

Até setembro, lucros da CGD aumentam 43% para 987 ME

A CGD teve lucros de 987 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 43% do que no mesmo período de 2022, confirmo o banco público em comunicado.

A margem financeira (a diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos nos depósitos) mais do que duplicou para 2.090 milhões de euros.

A CGD espera pagar ao Estado em 2024 um dividendo de 461 milhões de euros.

Despedimentos: menos 258 trabalhadores num ano

A atividade da Caixa Geral de Depósitos CGD em Portugal tem menos 258 trabalhadores que há um ano, apesar de manter o número de agências, segundo as contas até setembro, hoje apresentadas pelo banco público.

No final de setembro deste ano, a CGD contava com 6.378 funcionários, menos 258 que os 6.636 que incluiu nos dados referentes a setembro de 2022.Já em termos de rede comercial, o número de agências, espaços Caixa e gabinetes de empresas em Portugal manteve-se em 515.

Até setembro, os custos de estrutura em Portugal foram de 586,8 milhões de euros, mais 15,1% face ao período homólogo de 2022.

Últimas