Economia

Trazer de casa ou no jornal? As alternativas aos sacos de plástico

Alguns acham correto esta taxa sobre os sacos de plástico, outros dizem que vai prejudicar as famílias. O Governo justifica-se com a sustentabilidade, mas ambientalistas duvidam do impacto da medida.

João Tomás

Rafael Homem

Ana Rita Sena

Comerciantes e consumidores estão divididos sobre a cobrança de quatro cêntimos por cada saco de plástico transparente nos supermercados. O aumento drástico de preço está previsto no Orçamento do Estado para o próximo ano e serve para combater o plástico. Mas os próprios defensores do ambiente duvidam da eficácia.

O Orçamento do Estado para 2024 prevê uma medida de combate ao plástico: a criação de uma nova taxa sobre os sacos.

Em janeiro, cada um pode vir a custar quatro cêntimos. Num minimercado, em Oeiras, as opiniões dividem-se entre comerciantes e consumidores.

Alguns recomendam trazer um saco de casa, já para substituir os outros sacos de plástico que, antes, se deitava fora assim que se tirava os legumes e fruta.

Outros ainda sugerem trazer um pedaço de jornal para embrulhar as compras a granel.

A medida ainda não entrou em vigor e já há pessoas que recusam comprar sacos.

Vários estudos apontam para a necessidade de reduzir o consumo do plástico.

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, defende que esta nova medida serve para reduzir o consumo, devido ao impacto ambiental, mas para os consumidores tem apenas um objetivo: cobrar mais dinheiro.

Paulo Santos tem o minimercado em Oeiras há 10 anos e reconhece que as empresas têm de suportar uma carga fiscal elevada e que esta nova taxa vai prejudicar as famílias.

Com os preços da alimentação a subir, as famílias podem vir a enfrentar mais dificuldades.

Metade da receita deste imposto irá para os cofres do Estado, enquanto 20% será entregue ao fundo ambiental e os restantes 20%serão atribuídos ao fundo de modernização do comércio para ajudar as empresas a serem sustentáveis

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