O setor do comércio admite aumentar os salários acima de 4,8 por cento no próximo ano, mais do que estava previsto, mas em troca a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) quer um alívio nos impostos.
Assinada há cerca de um ano na Concertação Social, o acordo de rendimentos prevê para 2024 aumentos salariais e a subida do salário mínimo de 760€ para 810€, mas em entrevista ao programa da Antena 1 Conversa Capital, a CCP admite uma revisão em alta.
"É um ponto que estamos abertos a discutir", confessa João Vieira Lopes, presidente da CCP
A disponibilidade tem como condição a abertura do Governo para as propostas das Confederações Patronais quanto à questão fiscal.
"Essa também é outra área que estamos abertos a discutir senão baixarmos a pressão fiscal sobre as empresas, mas também não vejo que elas tenham grande espaço para fazer grandes modificações no que está, neste momento, no porto", conta João Vieira Lopes
Em cima da mesa estão as alterações à proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano, que podem levar à futura revisão do acordo e a CCP aguarda também propostas do Governo quanto às tributações autónomas e ao IVA na construção, que o Executivo mostrou abertura para negociar.