As medidas para mitigar o efeito da crise energética e inflacionista custaram ao Estado 1.878,1 milhões de euros até agosto, de acordo com a Síntese da Execução Orçamental, divulgada esta sexta-feira pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).
"Em agosto, a execução reportada das medidas adotadas no âmbito da mitigação do choque geopolítico levou a uma diminuição da receita em 1.048,7 milhões de euros e a um aumento da despesa total em 829,4 milhões de euros", indica o documento.
Do lado da receita destacam-se os impactos associados à perda de receita fiscal, como a redução do ISP (Imposto Sobre Produtos Petrolíferos) equivalente à descida do IVA para 13% (416,9 milhões de euros), o IVA Zero (281 milhões de euros), a devolução da receita adicional de IVA via ISP (157,4 milhões de euros) e a suspensão da taxa de carbono no ISP (137,7 milhões de euros).
Já para a despesa contribuíram o apoio extraordinário às famílias mais vulneráveis (262,9 milhões de euros), os apoios a setores de produção agrícola (187,5 milhões de euros), o complemento ao apoio extraordinário para crianças e jovens (149,2 milhões de euros) e o apoio extraordinário à renda (118 milhões de euros).