Economia

Impostos? PS, PSD, IL e Chega "estão-se nas tintas para os trabalhadores", diz PCP

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, diz que "a grande emergência nacional" é o aumento dos salários e pensões. Sobre a questão dos impostos, acusa PS, PSD, IL e Chega de “encherem a boca”, mas ignorarem os trabalhadores.

SIC Notícias

Lusa

O secretário-geral do PCP disse este sábado, em Alter do Chão, que a "grande emergência nacional" que o país precisa de dar resposta é "o aumento geral e significativo" dos salários e das pensões.

"Todos os dias enchem a boca de impostos, páginas e páginas de jornais sobre o assunto, mas no concreto estão-se nas tintas para os trabalhadores [PS, PSD, IL e Chega]. Votaram todos juntos contra as medidas que propusemos para tributar os lucros dos grandes grupos económicos, da banca, da energia, de todos aqueles que se estão a abotoar à custa do sacrifício de milhares e milhares de pessoas", afirmou Paulo Raimundo.

"O problema de facto, a grande questão, a grande emergência nacional que é preciso o país dar resposta e que todos querem que ano se fale, a questão fundamental que é preciso dar resposta é o aumento geral e significativo dos salários e das pensões. Esta sim é a grande medida, o grande assunto", sustentou.

Paulo Raimundo entende que o problema não são os impostos, mas sim a forma e sobre quem recai esses impostos.

"Lá está. O problema é um problema de justiça fiscal. E foi por isso que propusemos o alívio sobre o IRS dos reformados e trabalhadores e o aumento da tributação sobre os lucros", afirmou.

Adiantou ainda que quando se fala tanto neste tema dos impostos, "é bom recordar que foi graças à iniciativa e força que o PCP teve, entre 2016 e 2019, que foi possível ir corrigindo a injustiça fiscal criada pelo enorme aumento de impostos decidido então pelo governo PSD-CDS".

"Só não fomos mais longe porque os compromissos do PS com os grupos económicos falaram como sempre, mais alto", frisou.

Paulo Raimundo referiu ainda que o distrito de Portalegre e o país enfrentam hoje um problema que um autentico drama para milhares de pessoas, a habitação.

"Face aos brutais aumentos de juros, face aos brutais aumentos das rendas e prestações, face à especulação dos preços que está a levar que milhares se estejam a privar todos os dias, daquilo que é possível e muitas vezes do que é impossível, para conseguir aguentar aquilo que é o seu maior bem, o seu teto, o seu lar, a sua habitação", sustentou.

O secretário-geral do PCP disse que este é "um drama real" e para isso é preciso "medidas concretas e urgentes" que tenham consequências imediatas na vida das pessoas, "proteger a habitação de moradia e ir por diante, de uma vez por todas, com uma moratória de dois anos, como aquela que houve durante o período da epidemia" da covid-19.

"A situação que enfrentamos hoje, o drama que enfrentemos hoje, fazem com que hoje a situação de cada um seja, do ponto de vista económico e social, mais grave do que durante o período da pandemia", concluiu.

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