A taxa de inflação homóloga recuou para 3,1% em julho, ficando 0,3 pontos percentuais abaixo do registado em junho, mas para o economista João Duque, a contribuição de Portugal é muito pequena e o Banco Central Europeu “olha apenas para o indicador central e geral da união monetária”.
“Não é Portugal que vai fazer mudar o indicador central e por muito depressa que nós convirjamos para esse nível desejado de 2%, se a Europa não nos acompanhar, o Banco Central Europeu vai continuar a tomar as medidas que tem estado a tomar para levar a esse desidrato”, refere ainda.
O economista alerta que Portugal terá de ter cuidado e fazer correções em termos de político-orçamental. Ou seja, "pedir ao Governo que através do seu orçamento possa tomar medidas que compensem aquilo que seja depois um desequilíbrio grande entre o nível que nós temos e aquilo que a Europa tem.”
A inflação abranda 0,3 pontos em julho para 3,1%. Segundo o INE, desaceleração está "parcialmente associada a um decréscimo de preços verificado na classe de produtos alimentares e bebidas não alcoólicas".