Os números do turismo continuam a subir e a ultrapassar os resultados de antes da pandemia, o que tem trazido problemas de falta de mão de obra e a necessidade de recorrer a trabalhadores imigrantes. Um cenário em que o sindicato da hotelaria alerta para situações graves que estão a ser detetadas.
“Vivem em condições indignas, 30 trabalhadores na mesma casa. Nós deduzimos inclusive desta abordagem que fizemos, que pode existir subcontratação que não sejam os próprios hotéis, resorts, aquelas empresas a contratar aqueles trabalhadores, que sejam equipas que os trazem para o país, que os tentam legalizar. São eles que são, no dia a dia, os ‘donos’ daqueles trabalhadores, recolhendo até verbas que os trabalhadores têm de lhes pagar do salário que ganham.”, contou António Baião do Sindicato dos Trabalhadores de Hotelaria do Centro.
A ideia de que exista falta de mão de obra não é aceite pelo sindicato que acredita que são as condições oferecidas que afastam os trabalhadores e dá o exemplo das experiências vividas pelos estagiários que saem das escolas de hotelaria.
O sindicato fala em más condições de “alojamento" e “alimentação” e ressalta que o que leva os jovens a abandonar o setor são os horários que “são desregulados e muito longos” os baixo salários e as condições de trabalho que ”não são as melhores”.
Os membros do sindicato acusam ainda os patrões de recorrerem a trabalhadores estrangeiros como forma baixar os salários no setor.