Economia

Inflação desce para 3,4% em junho

É o oitavo mês consecutivo de abrandamento da inflação. Os dados, que foram divulgados esta sexta-feira de manhã, são confirmados ou retificados a 12 de julho.

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SIC Notícias

Lusa

O valor da inflação voltou a descer em junho. Segundo dados do INE, divulgados esta sexta-feira, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) desceu para 3,4%, em junho de 2023.

No mês anterior foi de 4%, o que significa que são menos 0,6 pontos percentuais em relação a maio.

É o oitavo mês consecutivo de abrandamento da inflação.

Os dados divulgados esta sexta-feira são provisórios, o que significa que vão ser confirmados ou retificados a 12 de julho.

De acordo com o INE, "tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 3,4% em junho de 2023, taxa inferior em 0,6 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior".

O instituto estatístico acrescenta que esta desaceleração "continua a ser, em parte, explicada pelo efeito de base, resultante do aumento de preços dos combustíveis verificado em junho de 2022".

Quanto ao indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 5,2% no mês em análise (5,4% no mês anterior).

O INE aponta que a variação do índice relativo aos produtos energéticos "diminuiu para -18,8% (-15,5% no mês precedente)" e que o índice referente aos produtos alimentares não transformados "terá desacelerado para 8,5% (8,9% em maio)".

O INE acrescenta que a taxa de variação média nos últimos 12 meses foi de 7,8% (contra 8,2% registados no ano acabado em maio).

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português terá registado uma variação homóloga de 4,7% em junho, que compara com 5,4% no mês precedente.

Costa acusa BCE de não compreender a natureza da inflação

António Costa esclareceu que é importante o Banco Central Europeu fazer bem o “diagnóstico" para acertar os passos a tomar no futuro no que diz respeito à inflação.

O responsável referiu que no Banco Central Europeu não tem havido “compreensão da natureza específica do ciclo inflacionista”, e não tem tido em conta quais os fatores que a têm alimentado.

“O aumento de lucros extraordinários tem contribuído mais para a manutenção da inflação e não as subidas salariais. Isto limita muito a capacidade do enfrentar porque se não acertamos bem no diagnóstico a terapia raramente acerta”, criticou António Costa.

Nova subida das taxas de juro

O Banco Central Europeu (BCE) aponta para uma nova subida dos juros no final de julho. No fórum anual, que decorreu em Sintra, Christine Lagarde disse que é tempo de os Governos recuarem nos apoios.

No segundo dia do Fórum Anual do BCE, Lagarde foi categórica quando apontou para as margens de lucros das empresas para os aumentos salariais como causas da crise inflacionista.

Em menos de um ano, os juros na zona euro subiram quatro pontos percentuais, um novo aumento no final de julho já foi anunciado e é provável que volte a acontecer em setembro, mas a presidente do BCE não se compromete.

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