Economia

Habitação: prestações de casa continuam a subir, mas de forma mais lenta

Segundo a Comissão Europeia, em 2022 as famílias precisaram de nove anos e seis meses de rendimentos para comprarem uma casa de cem metros quadrados.

SIC Notícias

A prestação da casa ao banco continua a subir, mas menos do que no início da crise. Este mês as taxas de juro Euribor atingiram o valor mais altos dos últimos 15 anos. Em alguns empréstimos, significa uma subida de quase 60% na prestação.

A taxa Euribor continua a subir, apesar de estar a abrandar. Mesmo assim, as prestações do crédito a habitação continuam a subir.

Num crédito de 200 mil euros a prestação subiu 57% e ultrapassou os mil euros.

Comprar casa é cada vez mais difícil e exige um esforço cada vez maior.

Segundo a Comissão Europeia, em 2022 as famílias precisaram de nove anos e seis meses de rendimentos para comprarem uma casa de cem metros quadrados.

Em comparação com 2021 são mais oito meses de rendimentos.

A perda de poder de compra e a subida acentuada dos juros dificultam o pagamento dos empréstimos. Os bancos já estão a registar uma queda no número de pedidos para a compra de casa.

As taxas Euribor fecham o mês de maio nos valores mais altos desde 2008.

Apesar do ritmo de subida estar a registar um abrandamento, as prestações do crédito à habitação aumentaram significativamente. Sobretudo nos contratos com prazos a 6 e a 12 meses.

O jornal Público faz as contas para um empréstimo de 200 mil euros a 30 anos, com um spread de 1%.

A prestação sobe de 670 para 1056 euros. São mais 386 euros. É um agravamento de 57,7%.

Para um montante de 150 mil euros, a prestação da casa fica mais cara 290 euros.

Os aumentos vão continuar nos próximos meses, ainda que de forma menos intensa.

A próxima reunião do banco central para decidir o rumo dos juros na Zona Euro está marcada para o dia 15 de junho.

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