O ministro das Finanças diz que com a descida da inflação vai-se começar a sentir que os preços vão crescer menos e haverá ainda casos em que o preço dos produtos vai até diminuir, como acontece com os combustíveis.
Fernando Medina, ministro das Finanças, volta a afirmar que o Governo prevê que a inflação comece a rondar os 3% nos próximos meses
“Nós teremos uma tendencial normalização para inflações já na casa dos 3% durante o ano de 2023”, assinalou Medina.
Da mesma forma, o ministro assegura que esta descida da inflação se traduz num menor crescimento dos preços - mas que continuam a aumentar.
“O que nós iremos assistir é um menor crescimento dos preços nas áreas em que esses preços vão continuar a subir, mas passarão a crescer significativamente menos até voltarmos a taxas de inflação que são historicamente baixas como o nosso país teve ao longo de muito tempo”, explicou.
No entanto, existe uma segunda perspetiva, conforme Fernando Medina, em que não existirá apenas um desaceleramento no aumento dos preços, mas uma descida.
"Há mesmo áreas e produtos em que os preços vão mesmo cair, isto é, os preços vão ser mais baixos do que aquilo que eram e nós já estamos a sentir isso, nomeadamente na área dos combustíveis", expôs Medina.
“Boas notícias para as famílias”
Em relação aos dados do crescimento da economia, Medina diz que este ano esse crescimento será mais forte do que se esperava e destaca que os números são boas notícias para as famílias e também para as empresas.
"São de facto muito boas notícias para a economia portuguesa, para as famílias, as empresas, porque mostram que teremos um ano de 2023 mais forte e sólido do que aquilo que eram as expectativas", referiu.
Segundo o ministro das Finanças este crescimento foi "fortemente puxado pelas exportações, de serviço, no qual se destaca o turismo, mas também nas exportações de bens".
Inflação a 4%
O valor da inflação voltou a recuar no mês de maio. Segundo dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a inflação registou 4% em maio, o que representa menos 1,7 pontos percentuais que no mês anterior.
Segundo o INE, esta desaceleração é “em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços da eletricidade, do gás e dos produtos alimentares verificado em maio de 2022 e pela isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais”.