A proposta de lei do Governo que visa isentar da taxa de IVA um conjunto de alimentos durante seis meses vai ser hoje votada na generalidade na Assembleia da República, estando a sua aprovação garantida pela maioria absoluta do PS.
Os grupos parlamentares podem, no entanto, apresentar propostas de alteração na fase de discussão na especialidade.
Depois de aprovado o IVA Zero e da nova lei ser publicada em Diário da República, os supermercados pediram 15 dias para implementar a medida.
O diploma foi entregue terça-feira no Parlamento, depois de na segunda-feira o primeiro-ministro, António Costa, ter anunciado a assinatura de um "pacto para a estabilização e redução de preços dos bens alimentares" com a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) e a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
No mesmo dia, foi conhecida a lista dos mais de 40 bens alimentares essenciais que vão passar a ter uma taxa de IVA de 0%, medida que tem em vista mitigar os efeitos da inflação.
O cabaz de produtos alimentares com IVA zero inclui atum em conserva e bacalhau, além de vários tipos de frutas, legumes, laticínios, carne e ovos e a medida estará em vigor entre abril e outubro.
O diploma, que tem aprovação garantida pela maioria absoluta do PS, suscitou críticas por parte dos partidos da oposição, que consideram a medida insuficiente. Depois de aprovada pela Assembleia da República, promulgada pelo Presidente da República e publicada em Diário da República, o retalho e distribuição alimentar disporá de 15 dias para refletir esta isenção do IVA nos preços de venda ao público.