A TAP está a tentar negociar com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) para travar a greve convocada entre os dias 25 e 31 deste mês.
A companhia está disposta a rever a proposta do sindicato apresentada em novembro. Na altura estavam em causa 14 exigências e duas ficaram por cumprir, entre elas, o regresso de mais um chefe de cabina para o longo curso.
A companhia aérea mostra ainda vontade em voltar a ter mais um tripulante nos voos com mais de seis horas, operados em aviões A321 lounge range, a partir de junho, tal como acontecia no período pré-pandemia.
Os tripulantes vão votar a revisão proposta pela TAP em assembleia geral na quinta-feira, 19 de janeiro. O sindicato prefere não comentar, mas, ao que a SIC apurou, dificilmente será possível chegar a acordo, tendo em conta o clima de instabilidade, que já provocou dúvidas quanto à gestão da empresa.
A verificar-se o chumbo, os tripulantes estão a preparar mais uma concentração para dia 25, o primeiro dia de greve, na Avenida Gago Coutinho, em Lisboa, que dá acesso ao aeroporto. O pré-aviso de greve foi entregue há uma semana.
A assembleia-geral do SNPVAC chumbou no final de dezembro a proposta da TAP, mantendo a intenção de realizar uma greve até 31 de janeiro. A proposta da administração da companhia foi chumbada, com 615 votos contra, seis a favor e uma abstenção.
Recorde-se que este sindicato realizou uma greve de tripulantes da TAP nos dias 8 e 9 de dezembro, que levou a companhia aérea a cancelar previamente 360 voos e teve um impacto estimado total de oito milhões de euros.
A administração da TAP e o SNPVAC têm estado reunidos em negociações, no seguimento das reivindicações apresentadas pelo sindicato. A companhia pretende, entre outras coisas, aumentar o número de horas de trabalho destes profissionais.