A Comissão Europeia defende ajustes salariais face à subida dos preços, mas volta a avisar que é preciso cautela e que os aumentos não devem alimentar a inflação.
Reunido em Bruxelas, o Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) assumiu que os Estados-membros devem "apoiar uma evolução salarial que atenue a perda de poder de compra dos trabalhadores", no contexto de elevada inflação.
Na recomendação, os ministros dos 27 assumem que o crescimento ficou "bem abaixo da inflação" e que deverá voltar a ficar aquém da subida dos preços em 2023.
Deste modo, defendendo que, "a evolução salarial precisa de um equilíbrio cuidadoso para proteger o poder de compra dos trabalhadores assalariados - com ênfase nos trabalhadores com baixos salários - enquanto se evita o risco de que os salários alimentem a inflação e aprofundem os diferenciais de competitividade emergentes dentro da zona euro".
Esta é uma recomendação que o Governo português diz ter seguido, quando negociou os acordos de rendimentos para 2023.
À saída da reunião, o ministro das Finanças, Fernando Medina, afastou novos aumentos salariais.