Economia

Taxas de juro vão subir até que inflação caia para 2%, avisa presidente do BCE

Banco Central Europeu subiu esta semana as taxas de juro em 0,5%.

SIC Notícias

Lusa

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse este sábado que as taxas de juro subirão tanto quanto necessário para que a inflação volte para 2%.

"Estamos a enviar uma mensagem clara às empresas, empregados e investidores: a inflação voltará ao nosso valor-alvo de 2% a médio prazo", disse Lagarde, num artigo de opinião para o grupo alemão Funke Mediengruppe.

As medidas tomadas até agora, segundo Lagarde, "já estão a ter impacto nas taxas de juro em toda a zona euro". Os comentários, relatados pela Bloomberg, chegam um dia depois de o BCE ter aumentado as taxas mais do que o esperado, depois de oito anos em terreno negativo, para combater a inflação, que atingiu 8,6% em junho na zona euro e que se prevê que continue a subir.

Os investidores estimam cerca de 113 pontos de base em aumentos adicionais das taxas do BCE até ao final do ano, de acordo com o mercado.

"Vamos aumentar as taxas de juro durante o tempo necessário para que a inflação regresse ao nosso objetivo", acrescentou Lagarde.

O Conselho do BCE "decidirá sobre o ritmo adequado para os nossos próximos passos, à luz dos novos dados disponíveis".

Os preços estão a subir em grande parte devido a fatores fora do controlo dos bancos centrais, de acordo com Lagarde. Mas as medidas do BCE destinavam-se a assegurar que a inflação "não permaneça permanentemente elevada", o que poderia acontecer se uma espiral de salários-preços se materializasse, afirmou.

O novo instrumento para conter a turbulência do mercado que o BCE revelou na quinta-feira "irá manter a coerência da nossa política monetária, ajudando a manter os preços estáveis a médio prazo", concluiu.

Prestações ao banco podem aumentar 100 euros por mês

A subida das taxas de juro anunciada na quinta-feira pelo Banco Central fez disparar as taxas Euribor, as mais utilizadas nos créditos habitação. As prestações ao banco vão continuar a aumentar e podem significar acréscimos de mais de 100 euros por mês.

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