Economia

Galp: “Estado não pode dizer que não sabe o que se passa nos combustíveis, então o que está lá a fazer o administrador?”

Questiona o ex-presidente da Entidade Nacional para o mercado dos combustíveis.

Portugal é dos países que precisa de mais horas de trabalho para poder comprar um litro de combustível. Paulo Carmona, ex-presidente da Entidade Nacional para o mercado de combustíveis, explica que metade do preço pago pelos consumidores vai diretamente para os cofres do Estado.

O impacto da descida do ISP continua abaixo do esperado, a redução ficou agora, em média, nos 11 cêntimos por litro. Para o ex-presidente da Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENSE), esta descida não acompanha o salário médio em Portugal.

“Quando o Governo socialista tomou posse começou a subir o imposto sobre os combustíveis para valores que, hoje em dia, são bastante altos em relação aos resto da UE, principalmente em relação ao nosso salário médio”, disse.

Paulo Carmona explicou que metade do preço pago pelos consumidores vai diretamente para os cofres do Estado e que Portugal “é um dos países que precisa de mais horas de trabalho, em termos estatísticos, para comprar um litro de gasolina e de gasóleo”.

O Governo não se responsabiliza e a Galp garante que desceu os preços como esperado, o que leva o ex-presidente da ENSE a questionar-se.

“O Governo tem 8% da Galp através da parte pública e nomeia o administrador da Galp. O administrador nomeado pelo Estado participa nas decisões estratégicas da empresa e, nomeadamente, na formação do preço. O Estado não pode dizer que não sabe o que é que se passa nos combustíveis, então o que é que está lá a fazer o administrador?”, concluiu.

SAIBA MAIS

Últimas