Economia

Ryanair acusada de proibir passageiros com reembolsos covid de embarcar em novos voos

Turistas veem taxas "surpresa" ao tentar embarcar no avião, a não ser que devolvam o dinheiro recebido.

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Expresso

A Ryanair foi acusada de proibir os passageiros que lutaram pelos seus reembolsos em tempo de pandemia de Covid-19 de embarcar em novos voos este ano, a não ser que devolvam os reembolsos, noticia o "The Guardian". Uma investigação da MoneySavingExpert (MSE) descobriu que aos turistas em causa estão a ser pedidas taxas de última hora de até 600 libras (cerca de 706,7 euros) para embarcar.

Segundo explica o jornal britânico, a Ryanair continuou a voar durante os confinamentos, apesar de a maioria dos passageiros estar impedida de voar devido às restrições aplicadas em cada país. Por esse motivo, a companhia aérea recusou-se a reembolsar passageiros o que levou vários clientes a pedir reembolsos através das empresas de cartão de crédito.

A investigação dá o exemplo particular de clientes da American Express. Três passageiros fizeram novas reservas com a companhia aérea de baixo custo irlandesa e, perto da data do voo, foram informados de que só poderiam embarcar se devolvessem o reembolso. Em pelo menos dois casos a Ryanair pediu mais de 400 libras (471 euros).

Além destes casos específicos, a investigadora disse ter visto outros casos semelhantes no seu fórum e nas redes sociais.

A Ryanair defendeu-se dizendo que sempre foi uma "companhia aérea sem reembolsos" e que tal está "claramente delineado nos termos e condições da Ryanair acordados pelo cliente no momento da reserva".

Já em maio, a MSE tinha revelado que alguns passageiros que estavam a pedir reembolsos nos cartões de crédito estavam a ser colocados numa espécie de "lista negra", algo que a companhia negou.

A investigação seguiu agora para a Autoridade de Aviação Civil.

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